Levantamento revela o que a população já vem sentindo no bolso: o Brasil tem a 2ª conta de luz mais cara do mundo. Tarifa da energia elétrica subiu 47% no governo Bolsonaro. Na outra ponta, a Noruega tem a energia mais barata

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Um levantamento realizado pela Abrace (Associação dos Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres) revelou oficialmente algo que os brasileiros vem sentindo em seus bolsos nos últimos anos: o país tem uma das contas de luz mais caras do mundo.

Atualmente, o país ocupa a segunda posição no ranking mundial, que analisou o custo de 200kWh ajustados pela renda per capita das principais economias do mundo. Em primeiro lugar está a Colômbia, depois o Brasil, seguidos pela Turquia (3º), Chile (4º) e Portugal (5º).

O Brasil atingiu a segunda posição no ranking durante os anos do governo Bolsonaro — período em que a energia elétrica no país aumentou 47%.

Por outro lado, os cinco países com energia mais barata, em relação à renda da população, são: Noruega, Luxemburgo, Estados Unidos, Canadá e Suíça.

De acordo com o estudo, do valor total pago pelos consumidores, apenas 53,5% são relativos aos custos de geração, transmissão e distribuição de energia. Os 46,5% restantes, quase metade do valor pago pelos brasileiros, vão para cobrir taxas, impostos, furtos de luz e ineficiências técnicas do sistema.

Estima-se que em 2022 as perdas de furto de energia custarão aos consumidores mais de R% 5,4 bilhões. No Senado Federal, corre pelas comissões o Projeto de Lei n° 5325, de 2019, que visa proibir ou limitar a cobrança desse valor nas contas de luz dos brasileiros.

De acordo com a justificativa da lei, a Aneel estima que as perdas técnicas (ineficiências) e não técnicas (furtos, problemas de faturamento e erros de medição) representam cerca de 10% da conta de luz paga pelos brasileiros. Para o autor da lei, o Senador Zequinha Marinho (PSC/PA), o consumidor não tem culpa pelos problemas na medição e no faturamento das empresas, não podendo ele agir no combate ao roubo de energia elétrica.

“Cabe, sim, às distribuidoras de energia elétrica atuar para coibir o roubo e para modernizar a sua rede de forma a evitar erros de medição e de faturamento. Não é possível transferir o ônus da incompetência dessas empresas ao consumidor”, escreveu o Senador.

10 países com a energia mais cara: Colômbia, Brasil, Turquia, Chile, Portugal, Polônia, Letônia, Eslováquia, Espanha, República Tcheca.

10 países com a energia mais barata: Noruega, Luxemburgo, Estados Unidos, Canadá, Suíça, Irlanda, Holanda, Coreia do Sul, Suécia, Austrália.

Por: pragmatismopolitico.com.br