Secretários municipais de Saúde e prefeitos reagiram nesta
quinta-feira (15/11) à interrupção da cooperação técnica entre a Organização
Pan-Americana da Saúde (OPAS) e o governo de Cuba, que possibilitava o trabalho
de cerca de 8,5 mil profissionais cubanos no programa Mais Médicos. Em nota
conjunta, o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) e a
Frente Nacional de Prefeitos (FNP) apelam para a manutenção dos profissionais
cubanos no Brasil sob risco de faltar atendimento à população.
Segundo as entidades,
com a decisão do Ministério da Saúde de Cuba de rescindir a parceria, mais
de 29 milhões de brasileiros poderão ficar desassistidos da atenção básica de
saúde. Eles pediram que o presidente eleito Jair Bolsonaro reveja a decisão
de aplicar novas exigências para a permanência dos cubanos no país.
“As entidades pedem a revisão do posicionamento do novo Governo,
que sinalizou mudanças drásticas nas regras do programa, o que foi determinante
para a decisão do governo de Cuba. Em caráter emergencial, sugerem a manutenção
das condições atuais de contratação, repactuadas em 2016, pelo governo Michel
Temer, e confirmadas pelo Supremo Tribunal Federal, em 2017”, diz a nota.
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