A “revelação” foi publicada na última
sexta-feira, 15, em um blog anônimo local, hospedado na plataforma
blogspot.com.
A informação é de que “o prefeito Padre Eraldo (de Delmiro
Gouveia) compra carcaça de frango kg com valor de R$ 7,20 (Sete reais e vinte
centavos)”. Segundo o blog, a carcaça de frango chega a custar o preço de
R$3,20 ( Três reais e vinte centavos) no mercado de aves.
“Outro item que tem seu preço superfaturado é o litro do
achocolatado comprado no valor de R$ 27,80 (Vinte e sete reais e oitenta
centavos).O preço do litro no supermercado o preço do litro do achocolatado
custa R$ 5,00 (Cinco reais)”.
De fato a informação procede, mas carece de algum
esclarecimento.
Os v alores fazem parte de licitação (pregão presencial 01/2018)
realizado no início do ano passado pela prefeitura de Delmiro Gouveia para a
compra de alimentos para a alimentação escolar dentro do PNAE.
Os valores da carcaça de frango, realmente, estavam acima dos
valores praticados à época. Mas, confesso, não encontrei base de comparação que
apontasse para um sobrepreço de mais de 100%.
No caso do achocolatado, uma correção precisa ser feita. A licitação
trata da compra de achocolatado em pó (mais da metade é açúcar) e não o
achocolato fluído (tipo longa vida).
Ainda assim, a diferença de valores remete a uma diferença de
preço que precisa, de fato, ser investigada ou no mínimo explicada pela gestão
do prefeito Eraldo Cordeiro.
Nos supermercados marcas mais caras têm um custo abaixo de R$ 20
por kg. Mas quando se produtos destinados a merenda escolar a diferença é muito
maior.
Em média o produto tem sido vendido por preços que variam entre
R$ 12 e R$ 14 (veja reprodução abaixo), ou seja metade do valor pago pela
prefeitura de Delmiro Gouveia.
Produtos do tipo achocolatado estão disponíveis a preços bem
mais baixos em vários registros de atas de preço Brasil afora. Além disso, a
prefeitura poderia ter realizado pregão eletrônico, modalidade de concorrência
que aumentaria bastante as chances de aquisição do mesmo produto por um preço
bem menor. Porque não fez? Fica a pergunta para o prefeito do município, que
homologou a licitação.
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