Presidente
da Câmara vai recorrer da condenação de 12 anos de prisão em liberdade
A condenação do presidente da Câmara
Municipal de São José da Tapera, Marcos Pereira de Oliveira (PRP), o Marquinhos
X, poderá mudar os rumos do processo de impeachment do prefeito José Antônio
Cavalcante (PSB), que está em tramitação no Legislativo.
Caso
o parlamentar seja afastado da Câmara, além da entrada de um novo vereador, que
poderá modificar o equilíbrio entre situação e oposição no Legislativo, o
vereador Luciano Maia (PSDC), que assumir a presidência do Legislativo, já se
posicionou contra a cassação do mandato do prefeito. Durante a votação sobre a
abertura do pedido de impeachment, Luciano Maia votou como outros cinco
vereadores da base aliada de José Antônio, contra a abertura do processo.
Marquinho
X, no entanto, afirmou que vai recorrer da condenação por estupro de vulnerável
em liberdade. Em nota divulgada na noite de terça (9), ele afirmou que o
processo ainda não “transitou em julgado” e, por isso irá ajuizar recursos para
tentar reverter a decisão. O vereador é acusado de estuprar uma adolescente em
2014, quando a vítima tinha 13 anos, o caso é classificado como “segredo de
justiça”, mas em São José da Tapera, mas o “escândalo” é conhecido no
município.
A
vítima procurou o vereador para pedir patrocínio para comprar material esportivo
para a turma em que estudava e teria passado a ser assediada pelo parlamentar.
Outro dia, ela teria sido abordada na rua por Marquinhos X e entrou no carro
dele, de onde seguiram para o local onde o estupro aconteceu. Depois disso, a
vítima treia sido ameaçada para não revelar sobre o ato sexual.
O
vereador foi denunciado pelo Ministério Público Estadual em 2015 e, na
terça-feira (9), o juiz Thiago Augusto de Morais decidiu que ele é culpado da
acusação de estupro de vulnerável e o condenou a 12 anos de prisão.
O
parlamentar encaminhou, para o Correio Notícia, uma nota de esclarecimento, em
que afirma ser inocente da acusação e que discorda da interpretação do
magistrado que o condenou. Veja a nota, na íntegra, abaixo:
Tendo
em vista a notícia publicada nos mais divernos meios de comunicação, a respeito
de nossa condenação em processo crime de estupro de vulnerável, proferida pelo
Magistrado da comarca de São José da Tapera, venho apresentar a minha família,
aos meus eleitores, amigos e toda sociedade taperense a irresignação diante da
respeitável decisão, reafirmando, veementemente, a nossa inocência.
Infelizmente,
deparamos no dia de hoje com a notícia veiculada na mídia com informações do
processo classificado como “segredo de justiça”, e que, por força da Lei, não
podemos divulgar ou esclarecer detalhes. No entanto, respeitando a
interpretação do Magistrado, somos obrigados a discordar dela, por entender ser
absolutamente equivocada e contrária às provas nos autos.
A
referida decisão judicial que impôs uma condenação não transitou em julgado,
não produzindo, desta forma, efeitos jurídicos no momento. Assim, no sentido de
modificá-la, somo supedâneo de justiça. iremos interpor recurso às instâncias
superiores, acreditando e confiando na Justiça e na mais firme convicção de que
será revertida essa injusta condenação.
Sempre
ficamos distantes de comentários sobre o caso, mas sinto que estamos sendo
crucificados por algo que não praticamos. Diante disso, neste momento, somos
levados a adotar uma providência, de forma veemente, pela nossa inocência, com
bases constitucionais e sob o princípio da presunção da inocência, que garante
não ser considerado culpado até exaurir os recursos legalmente admitidos e, por
fim, mostraremos a nossa inocência, tão clara para a maioria dos munícipes e em
razão da ausência de provas.
Agradecemos
pela confiança que cada cidadão depositou, acreditando na ética, na justiça e,
principalmente, em Deus, a quem a justiça nunca falha.
0 Comentários