O fenômeno abre um debate sobre o quanto o “efeito bets” pode afetar o consumo das famílias e, consequentemente, outros setores da economia
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Com as apostas esportivas on-line em ascensão no mundo, e o Brasil entre os países que mais acessam as plataformas, jogos virtuais deste e de outros tipos entraram de vez no orçamento do brasileiro. O fenômeno abre um debate sobre o quanto o “efeito bets” pode afetar o consumo das famílias e, consequentemente, outros setores da economia.
Varejistas têm manifestado essa preocupação, e consultorias, institutos de pesquisa e bancos tentam estimar a influência das plataformas de apostas e jogos on-line nos gastos do brasileiro em outras atividades, do supermercado ao lazer.
Na semana passada, o diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, em um evento no Rio, comentou que alguns desses estudos sugerem que o aumento da renda verificado recentemente no mercado de trabalho não tem se traduzido em alta correspondente no consumo e na poupança das famílias. Parte poderia estar “vazando” para apostas, afirmou.
O ano tem sido de expansão no contingente de brasileiros adeptos das apostas on-line, cuja regulamentação entra em vigor em 2025. Levantamento recente do Instituto Locomotiva indica que 52 milhões já apostaram na modalidade ao menos uma vez. Há seis meses, eram 38 milhões.
“As apostas começaram por quem tem mais conhecimento de futebol e foram crescendo no dia a dia dos consumidores. Foi saindo do perfil do “boleiro” e indo mais para a sociedade de uma maneira geral”, afirma Renato Meirelles, presidente do Locomotiva.
Por Agência O Globo
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