Na decisão, ministro argumenta que há indicativos de que juiz e procuradores ajustaram estratégias contra Lula e Dirceu
O magistrado atendeu a um pedido dos advogados para beneficiar Dirceu com a decisão da Segunda Turma da Corte que declarou o ex-juiz Sergio Moro suspeito no processo do tríplex do Guarujá (SP), em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi condenado.
No entendimento de Gilmar Mendes, as ações da 13ª Vara Federal de Curitiba contra José Dirceu no âmbito da Lava Jato tinham como objetivo servir de base para o processo contra Lula na mesma operação.
O ministro afirmou na decisão que a extensão da anulação das condenações contra Lula às condenações contra José Dirceu “legitima-se não como uma medida geral, que aproveita a qualquer outro investigado na Lava Jato, mas devido a indicativos de que o juiz e procuradores ajustaram estratégias contra esses réus, tendo a condenação de um deles como alicerce da denúncia oferecida contra outro”, diz em trecho da decisão obtida pelo portal UOL.
m nota, Roberto Podval, advogado do ex-ministro, informou que José Dirceu recebeu a notícia da anulação com "tranquilidade". A decisão de Gilmar Mendes, afirma a defesa, "entende que os processos contra Dirceu tinham por objetivo real atingir o presidente Luís Inácio Lula da Silva, o que demonstra a quebra de parcialidade das ações". A nota conclui dizendo que Dirceu "sempre confiou na Justiça".
Por Brasil de Fato
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