No último dia 18, Mário Galinho foi diplomado prefeito de Paulo Afonso em cerimônia realizada na Câmara Municipal Legislativa. Em seu discurso, ele prometeu "libertar o povo de Paulo Afonso". Mas libertar de quê e de quem? Essa declaração, me pareceu mais uma metáfora bíblica e levanta questionamentos sobre o propósito real de seu governo.

Será que o prefeito eleito se vê como um novo Moisés, guiando os pauloafonsinos rumo a uma suposta Canaã? Se for esse o caso, é preciso lembrar que os cidadãos não estão em busca de líderes messiânicos ou promessas abstratas, mas sim de soluções práticas e urgentes para os problemas reais que enfrentam diariamente.

Paulo Afonso atravessa uma fase de caos administrativo, reflexo de sucessivas gestões marcadas por ingerências e falta de planejamento. O que o povo realmente precisa é de uma administração eficiente, transparente e comprometida em resolver questões essenciais como saúde, educação, infraestrutura e segurança.

Ao invés de discursos enaltecedores e metáforas grandiosas, o novo prefeito deveria focar no básico: trabalhar com humildade, montar uma equipe técnica competente e ouvir as demandas da população. Além disso, é importante ressaltar que sua aliança recente com figuras políticas controversas, como o ex-prefeito Raimundo Caires, não passou despercebida e pode ser motivo de preocupação para aqueles que esperam uma gestão renovada e livre de velhas práticas.

Portanto, o apelo é claro: deixe o ego e as metáforas de lado, Mário Galinho. Ofereça aos cidadãos uma gestão que priorize resultados concretos e que seja lembrada não como um hiato de má administração, mas como um marco de transformação para Paulo Afonso. O povo já não tem tempo para esperar por promessas vazias; o que se espera agora é ação.