Após votarem e aprovarem o projeto de lei de autoria do Executivo que cria quatro secretarias, os vereadores da bancada de situação, pegaram seus colegas da oposição de calças curtas e, de forma autoritária, aproveitando-se de sua ampla maioria, aprovaram um projeto de lei da mesa diretora unificando as verbas da situação e da oposição. Com isso, a situação fica com a fatia maior do bolo usurpando boa parte da verba da oposição. 

A decisão de unificar as verbas de situação e oposição, concentrando uma parcela maior nas mãos da bancada governista, é uma ação que levanta sérios questionamentos sobre os princípios democráticos e o equilíbrio de poder no legislativo municipal. Essa medida enfraquece ainda mais a oposição, comprometendo o debate plural e a fiscalização das ações do Executivo. Além disso, evidencia uma postura de priorizar interesses pessoais ou de grupo, em detrimento do bem-estar da população. 

Esse tipo de atitude pode levar a uma maior insatisfação popular, já que a política deve ser pautada pelo atendimento das necessidades dos munícipes, e não pelo favorecimento de uma parcela específica do legislativo. É fundamental que a sociedade civil e os órgãos de controle acompanhem de perto essas movimentações e, se necessário, acionem mecanismos legais para garantir que os princípios democráticos sejam respeitados. 

A postura da vereadora Evinha em pedir vistas ao processo demonstra responsabilidade e compromisso com o diálogo democrático, buscando atender às preocupações legítimas da oposição. No entanto o vereador Jean Roubert com os olhos esbugalhados, fixos e profundos no aumento da verba orientou sua bancada para que votasse contra o pedido de vistas evidenciando uma condução política que prioriza interesses próprios e imediatistas, em vez de considerar o impacto dessa decisão para a governabilidade e o equilíbrio institucional. 

Essa situação reforça a necessidade de maior transparência e debate público sobre o uso das verbas legislativas. Decisões que afetam diretamente a representatividade de uma parcela significativa da Câmara não deveriam ser tomadas de forma tão apressada ou sem a devida análise e discussão. A comunidade, atenta, deve cobrar de seus representantes atitudes que reflitam os princípios de justiça e equidade, colocando os interesses coletivos acima das ambições pessoais.