Desde quando a ditadura militar
extinguiu as agremiações políticas impondo ao país apenas duas legendas (MDB X
ARENA) numa clara reprodução do sistema político estadunidense, os urubus de
monturo da Aliança Renovadora Nacional, que sempre se afinaram com a direita
ideológica, não perderam tempo em prestar vassalagem aos militares sempre
rezando em sua cartilha para que, assim, se mantivessem do lado do poder.
A Arena marchou então em conluio
com o despotismo e a truculência do regime militar sendo seus integrantes
recompensados com as negociatas do poder pelo seu aval aos milicos. Mudando de
nome de acordo com a conveniência (ARENA, PDS, PFL, DEM), a direita ideológica
se encostou em Tancredo Neves quando findava a ditadura com o objetivo que lhe
serve de guia até hoje: manter-se no poder.
E como a democracia nunca foi (e
nunca será) o forte dos que se sustentem à base do fisiologismo, os
oportunistas de plantão, leia-se a direita ideológica, votou contra a emenda
Dante de Oliveira que restabelecia as eleições direta para presidente.
Em Paulo Afonso o oportunismo
dessa direita conservadora e ideológica, tomou corpo com a eleição, em 1988, de
Luís Barbosa de Deus. Sob a égide de Antônio Carlos Magalhães, o demista Luís
de Deus impôs à cidade uma maneira burguesa de administrar sem, jamais, se
alinhar com os setores populares da sociedade civil pauloafonsina.
Com a queda do carlismo e
ascensão do domínio petista, Luis de Deus, oportunisticamente, como prega a
cartilha da direita ideológica, acenou para Anilton Bastos filiar-se ao PDT
fazendo valer a pecha de que a direita vende a mãe para se manter no poder.
Após meticulosa avaliação, o
alcaide demista decidiu que o partido a ser usado para se aproximar do poder
seria o PDT. O professor Sandro Gomes, presidente do PDT em Paulo Afonso, acreditou
ingenuamente que a filiação do prefeito ao seu partido alavancaria a legenda em
nível municipal. Ledo engano. Ao tomar a nuvem da direita ideológica por juno,
o professor Sandro permitiu que o DEM municipal empunhasse a espada de
Dâmocles.
Após distribuir os cargos do PDT com seu
pessoal do DEM, Anilton, só agora, faz o professor Sandro enxergar que, de
fato, “o tonel nunca perde o cheiro do vinho” e o presidente municipal do Partido
Democrático Trabalhista começa a entender que ao aliar-se a Luís de Deus e
Anilton Bastos, ele se manteve entre
Cila e Caríbdis.
0 Comentários