As
eleições políticas se configuram, atualmente, numa verdadeira corrida do ouro traduzindo-se
em sinônimo de abuso econômico. Quanto mais cara a campanha, maior é a
possibilidade do candidato eleger-se. De acordo com dados recentemente
divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o volume dos gastos de
campanha têm sido decisivos para eleger um candidato, fato que põe em risco o
estado democrático de direito uma vez que exclui de forma “legal” os candidatos
menos abastados economicamente e robustece a tese do círculo vicioso.
A
Câmara Legislativa de Paulo Afonso, em tese, ilustra muito bem os dados do TSE.
Os quatro vereadores mais bem votados fizeram uma campanha, digamos, bem mais
visível do que os demais candidatos, o que supõe-se um gasto bem maior também.
A
contratação de um considerável número de cabos eleitorais, panfletos, adesivos,
jingles e o uso das mais variadas mídias de comunicação absorvem sobremaneira os gastos dos candidatos que,
quando se elegem, obviamente, cobram a fatura.
É
certo que se faz urgentemente necessária uma reforma política, mas enquanto
esta não vem cabe a nós, cidadãos, usarmos a consciência e nos pautar pelo senso
ético e moral a fim de evitarmos essa conduta lesiva à cidadania.
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