A imprensa paulista comemora a promessa de que não haverá racionamento
de água até a eleição. Assim o governador Geraldo Alckmin escaparia de uma
constrangedora repetição do apagão produzido pela genial governança do colega
FHC.
O “secão” tucano é fruto de má gestão na Sabesp, gigantesco feudo de apaniguados políticos
da direita local, máquina de fazer dinheiro que possui todas as
condições técnicas e financeiras de minimizar os efeitos da escassez de água
nos reservatórios. Isso fica óbvio sempre que um especialista minimamente
idôneo se manifesta sobre a falta de políticas preventivas da empresa. Até o
Ministério Público Estadual apontou erros na concessionária(e olha que para o MPE
contrariar o governo é sinal de muita coisa errada).
Claro que a mídia corporativa faz de tudo para qualificar o problema
como pura falta de chuva. Exatamente o oposto dos factóides
alarmistas que inventa quando raios ou ventos (ou
sabe-se lá que fatores menos publicáveis) interrompem a transmissão de energia
a cargo do governo federal.
Mas nada disso chega a surpreender. A máfia do metrô é um problema de corrupção restrito a
funcionários das empresas do cartel. A explosão da violência e os disparates policiais são causados pelo
Ministério da Justiça. O sucateamento da educação estadual e a decadência da
USP nasceram com o Enem. O colapso dos postos de saúde veio do programa Mais
Médicos. Os pedágios são exorbitantes porque usamos carros demais.
Alckmin é um péssimo administrador por causa da umidade relativa do ar.
Por Guilherme Scalzilli
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