O ex-prefeito de Mata Grande, Jacob Brandão está
sendo procurado pela polícia. Na manhã desta quarta-feira, 19, uma Operação
integrada foi desencadeada pelo Ministério Público Estadual (MPE/AL) e Polícia
Militar em sua residência – um condomínio de luxo na capital de Alagoas,
Maceió. Ele não foi localizado e é tido como foragido.
Além de Jacob Brandão, outros prefeitos da região
foram alvos da operação, são eles Fábio Rangel (Girau do Ponciano), que foi
preso em Arapiraca e Márcia Coutinho (Passo de Camaragibe), assim como Jacob
ela não foi localizada e é dada como foragida.
Desvios chegam a R$ 3 milhões
Os ex-gestores municipais são acusados de desviar
recursos públicos durante os mandatos eletivos. De acordo com as investigações
do Ministério Público, que começaram em março, os ex-prefeitos teriam
participado de um esquema criminoso envolvendo suposta compra de medicamentos
por meio de notas fiscais fraudulentas.
O prejuízo causado, segundo os investigadores, já
ultrapassaria as cifras de R$ 3 milhões. E tal valor foi confirmado ao Gecoc
por uma pessoa que aceitou o benefício da colaboração premiada e decidiu
revelar o esquema criminoso.
Operação Sepse
A operação desta quarta (19) é uma continuação da
“Sepse”, desencadeada em junho, nas três prefeituras. Após o cumprimento das
medidas cautelares à época, centenas de documentos foram recolhidos e eles
serviram de base para que o Gecoc pudesse aprofundar as investigações.
Naquela ocasião, o empresário Josimar Campos de
Araújo também foi alvo da operação e havia contra ele um mandado de prisão
temporária. Josimar é apontado como proprietário da JC Campos Distribuidora, a
principal empresa envolvida no esquema. Ele não foi encontrado em sua residência
e, até agora, continua foragido, uma vez que o pedido de prisão temporária foi
convertido em preventiva em função da fuga do acusado.
A indisponibilidade dos bensO
procurador-geral de Justiça, Alfredo Gaspar de Mendonça Neto, e os promotores
do Gecoc, Antônio Luiz dos Santos, Luiz Tenório, Elísio da Silva Maia, Carlos
Davi Lopes, Hamilton Carneiro Júnior e Eloá de Carvalho Melo também pediram a
indisponibilidade dos bens de todos os acusados no valor de R$ 3 milhões.
Com o pedido deferido pela 17ª Criminal da capital,
o Banco Central do Brasil, o Sistema de Restrições Judiciais de Veículos
Automotores e os cartórios imobiliários de Maceió, de Passo de Camaragibe e de
Girau do Ponciano deverão receber ofícios para que promovam o devido bloqueio dos
bens em nome dos envolvidos.
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