Enquanto o País lida com
surtos de sarampo, a Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos
Deputados aprovou nesta semana um projeto que prevê a prisão de quem deixar de
vacinar criança ou adolescente.
A medida trata de uma mudança
no Código Penal e precisa ainda passar pela Comissão de Constituição e Justiça,
para depois ir ao plenário da Casa.
O texto, relatado pelo deputado
Pedro Westphalen (PP-RS), acrescenta ao Código Penal o crime de omissão e
oposição à vacinação. Para os responsáveis que se negarem ou se omitirem a
vacinar a criança ou adolescente, sem justa causa, poderão sofrer detenção de
um mês a um ano ou multa.
O deputado disse que achou
importante a inclusão do combate às fake news. Essa mesma preocupação já fez a
Organização Mundial da Saúde (OMS) convocar gigantes de tecnologia, como o
Facebook e o YouTube, para participar de uma reunião com técnicos do órgão para
buscar soluções para a disseminação de fake news sobre o tema.
A desinformação sobre vacina tem
sido apontada como um dos fatores para a queda da cobertura vacinal de alguns
imunizantes no Brasil e no mundo, o que trouxe de volta surtos de doenças até
então controladas, como o sarampo.
O Brasil finalizou na semana
passada a segunda etapa da campanha nacional de vacinação contra o sarampo do
governo federal, que teve como alvo jovens na faixa de 20 a 29 anos. O
Ministério da Saúde estima que 9,4 milhões de pessoas nesse recorte não estejam
imunizadas ou tenham tomado só uma dose – são necessárias duas.
Na primeira fase, a campanha focou
a vacinação de crianças de 6 meses a 4 anos, que têm mais riscos de
complicações.
O deputado Westphalen quer
continuar tratando sobre o tema e já pediu para ser o relator do projeto de lei
na Comissão de Cidadania e Justiça.
Ele também protocolou, na semana
passada, outra medida que determina que o trabalhador terá de comprovar que
está com as vacinas em dia ao ser contratado por um empregador.
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