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Filipe Jordão/JC Imagem |
A cada ano, em Pernambuco, cerca de 30 mil bebês que vêm ao mundo são de mães adolescentes, aquelas que fazem parte da faixa etária entre 10 e 19 anos, segundo a Secretaria Estadual de Saúde (SES). Em 2018, no Recife, onde se realiza aproximadamente 14,4 mil partos por ano, 13,4% das gestantes que deram à luz nas maternidades públicas da capital eram adolescentes, segundo a Secretaria Municipal de Saúde. A atenção com esses números é retomada após um fato que chamou a atenção: tem apenas 14 anos a mãe do primeiro bebê nascido em maternidade pública do Estado este ano. Ele chegou ao mundo às 00h29 do dia 1º. O parto foi realizado no Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros (Cisam), da Universidade de Pernambuco, na Encruzilhada, Zona Norte do Recife.
"A gestação na adolescência requer cuidados redobrados com a saúde emocional e física das jovens, especialmente quando acontece até os 14 anos, faixa etária em que elas ainda têm pouco amadurecimento para lidar com questões da maternidade", ressalta a psicóloga Luciana Souza Leão, que faz parte do Programa de Atenção à Gestante Adolescente (Progesta) do Hospital das Clínicas (HC) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Anualmente a iniciativa abre turmas de apoio para futuras mamães até 24 anos e até seis meses de gestação.
O depoimento da especialista remete ao suporte que precisa ser dado à gravidez nessa fase da vida, quando a emoção de gerar e ter um bebê se mistura com desafios para se permanecer estudando, ser compreendida pela família e ter ajuda para cuidar do filho. Para Luciana, as adolescentes também precisam de suporte para falar sobre seus desejos, medos e angústias num espaço em que se sintam acolhidas para lidar com questões relativas à saúde sexual e reprodutiva, sem tabus e longe de qualquer tipo de preconceito.
O depoimento da especialista remete ao suporte que precisa ser dado à gravidez nessa fase da vida, quando a emoção de gerar e ter um bebê se mistura com desafios para se permanecer estudando, ser compreendida pela família e ter ajuda para cuidar do filho. Para Luciana, as adolescentes também precisam de suporte para falar sobre seus desejos, medos e angústias num espaço em que se sintam acolhidas para lidar com questões relativas à saúde sexual e reprodutiva, sem tabus e longe de qualquer tipo de preconceito.
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