“A gente tem uma tradição de cuidar desses animais, eles são como membros da família em muitos lugares. Temos lutado contra a escravização deles e defendido a criação de um santuário para que não sofram maus tratos. No entanto, para nossa surpresa, em vez de santuário, o que o governo fez foi liberar o abate desses animais”, explicou a coordenadora do movimento, a advogada Gislane Brandão.
A advogada ainda disse que os governos estadual e federal “liberaram o abate (dos jegues) para atender principalmente aos interesse chineses”. Na China, a carne do jegue é usada na culinária e a pele é utilizada para obter o ejiao, que acreditam tratar diversos problemas como anemia, insônia e impotência sexual.
O diretor geral da Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), Maurício Bacelar, defende a comercialização. “Nossa intenção é preservar a espécie, mas não podemos nos dar ao luxo de perder os cerca de 250 empregos diretos que um frigorífico desse tipo proporciona, e o país não pode abrir mão de uma receita de exportação dessas. Estamos estudando junto com o Ministério da Agricultura uma portaria para regulamentação do abate desses animais para que possamos tomar todos os cuidados necessários para o seu bem-estar”, afirmou. (A Tarde)
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