O Ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS), afirmou nesta quarta-feira (8) que a pasta está dialogando com o tráfico e a milícia para tentar conter a disseminação do coronavírus nas favelas do Rio de Janeiro.
“Hoje, começamos o primeiro plano de manejo, e eu não vou dizer em qual comunidade, porque ali você tem que entender a cultura, a dinâmica. Entender que são áreas onde, muitas vezes, o Estado está ausente, onde quem manda é o tráfico, a milícia… Como que a gente constrói esta ponte em nome da vida? A saúde dialoga, sim, com o tráfico, com a milícia, porque eles também são seres humanos e também precisam colaborar, ajudar, participar. Então, neste momento, quando a gente faz este tipo de colocação, a gente deixa claro que todo mundo vai ajudar, fazer sua parte”, disse Mandetta, segundo o jornal O Globo.
Também nesta quarta-feira, o prefeito Marcelo Crivella (Republicanos) decretou estado de calamidade na cidade após a confirmação de mortes em favelas da cidade.
Estão confirmados seis casos de coronavírus, dois deles na Rocinha. Os outros óbitos por coronavírus foram registrados em Vigário Geral (dois), Maré e Manguinhos.
Com mais de 150 mil habitantes, a Rocinha não têm estrutura para suportar a demanda de vítimas do coronavírus. A comunidade ainda insiste em fechar o comércio.
“Tem uma avalanche de pessoas nas rua. Acredito que de 60% a 70% das lojas abriram. O mercado popular está funcionando”, disse José Martins, do Movimento Rocinha Sem Fronteiras ao jornal.
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