A desculpa de manter o comércio aberto para
resguardar a economia do município possui um claro viés nagacionista. É preciso
entender que não se trata de perigo hipotético, mas real. O que está em jogo
são vidas humanas, mas é nítida a indecisão do prefeito em legitimar suas
próprias ações. Aliás, o prefeito parece ver tudo através de lentes escuras,
uma vez que administra sob um sistema de peso e contrapeso que vai do “fique em
casa” às lojas abarrotadas, do toque de recolher a supermercados lotados.
O que o prefeito diz hoje não se pode ter certeza
que vingará amanhã, portanto a tragédia sanitária aliada a incapacidade da
gestão pública de enfrentá-la, devido às suas constantes incertezas,
estigmatiza ainda mais a inoperância do gestor, fortalecendo a agenda receosa
do eleitorado que vê, a cada dia, o governo se enfiar num labirinto de
incertezas que lhes dão o benefício da dúvida na hora de reelege-lo no pleito
deste ano.
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