Há três décadas decidindo os rumos de Paulo Afonso, o clã que
se estabeleceu no executivo municipal parece agora ter atingido seu ponto de
inflexão e declínio. Como não há mal que dure para sempre, a administração que
já vinha cambaleando, com a pandemia perdeu completamente o controle da sua
agenda e agora limita-se a agir reativamente controlando danos, e para tal usa
e abusa da demagogia.
Através de lives
bem produzidas o gestor manipula incautos eleitores com táticas de criação de
falsos consensos na opinião pública.
O ex-prefeito Anilton Bastos também não fica atrás no uso das
lives e as usa como objeto de
autocondescendência política, mas os seus três mandatos fazem um contraponto
razoável ao que ele prega.
Esses arautos da revolução administrativa agora tudo vão
fazer, e têm solução para todos os males do município, como se trinta anos não
fossem suficientes.
Vejo-os, em entrevistas, fazerem
promessas sublimes sobre justiça
social e igualdade.
Quanta demagogia! Quando
as pessoas querem o impossível, somente os demagogos podem
satisfazê-las.
Luis de Deus, ao final deste mandato completa oito anos como
administrador de Paulo Afonso, e o que temos para elencar? Praças e mais
praças.
Quanto a Anilton Bastos, este já administrou a cidade por três vezes, mas
doze anos foram insuficientes para se criar, por exemplo, políticas públicas
voltadas para a geração de emprego e renda. Nem Luis de Deus nem Anilton Bastos
implantaram políticas
de desenvolvimento voltadas para pequenos negócios, nunca promoveram a
sustentabilidade pela participação dos pequenos negócios nas compras
públicas. Nunca desenvolveram
políticas que facilitassem o acesso ao crédito, que é umas das mais recorrentes
reivindicações dos pequenos negócios.
Nenhuma cidade se desenvolve sem emprego e renda, Paulo Afonso é subutilizada e tem sido assim há anos, nenhuma indústria se instala no município, porque falta gestão para isso. E a maior ironia de tudo isso, é que os mesmos protagonistas que fazem a cidade viver há trinta anos nessa roda viva, se anunciam, mais uma vez, como panaceia para combater este mal com o qual convivem ou conviveram há anos e nunca foram capaz de curá-lo.
A sonolenta administração que aí está, bem como outras que já
passaram, tenta despertar, e o antídoto que usa é a verdade simulada, uma falsa
verborragia que já condenou o futuro de uma geração inteira.
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