"Querem levar no tapetão", disse o candidato do PSOL à prefeitura de São Paulo após a decisão da Justiça Eleitoral de retirar seu comercial do ar; Boulos tem apenas 17 segundos de TV
Já no primeiro dia de inserções de programas políticos na televisão para a eleição deste ano, a Justiça Eleitoral determinou, nesta sexta-feira (9), que o comercial do candidato do PSOL à prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos, seja retirado do ar.
Boulos tem direito a apenas 17 segundos na televisão e, em seu primeiro programa, trouxe um depoimento do ator Wagner Moura em apoio a ele. A estratégia, ao menos nas redes sociais, deu certo, e o nome do ator foi parar na lista dos assuntos mais comentados do Twitter.
O juiz eleitoral Guilherme Silva e Souza, da 2ª Zona Eleitoral de São Paulo, no entanto, acatou a uma ação protocolada pela campanha de Joice Hasselmann (PSL) e mandou suspender imediatamente a veiculação do programa do psolista. O argumento utilizado pela campanha da deputada e acatado pelo magistrado é que o PSOL teria extrapolado a limitação do tempo que um apoiador do candidato pode aparecer no programa, que é de 25% do tempo total de exibição.
“No caso em questão, a peça publicitária faz uso da presença de apoiador em aproximadamente a totalidade do tempo de exibição pertencente ao candidato, 16s do total de 17s, conforme mídia carreada aos autos pela representante, flagrante a violação à legislação eleitoral”, escreveu o juiz.
Boulos se manifestou sobre a decisão através das redes sociais: “Querem levar no tapetão. Vamos precisar da ajuda de todo mundo nas ruas e nas redes”.
Ao jornal Estadão, o responsável pelo marketing de Boulos, Chico Malfitani, disse que o programa não infringiu as regras. “Entendo o espírito da lei, é correto, não pode substituir o candidato por um ator. Mas no nosso caso o Wagner foi o locutor e a imagem que aparecia na tela era de Boulos e Erundina. Nós temos apenas 17 segundos, nosso programa é sério. Voltamos ao tempo da censura?”, questionou.
Boulos foi o candidato que mais cresceu na última pesquisa Datafolha. Ele aparece em terceiro lugar com, 12% das intenções de voto, e lidera, empatado com Bruno Covas (PSDB), a pesquisa espontânea. Joice Hasselmann, autora da ação contra o psolista, tem 1%.
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