A denúncia apresentada pelo Ministério Público contra a suposta jurista Cátia Raulino mostra um das formas de atuação da ex-professora de direito para obter credibilidade junto a alunos e colegas de profissão.
De acordo com relato da vítima Simone Azevedo Rocha, Raulino prometia vaga reservada para "indicações" na Universidade Federal de Pernambuco. No momento da fraude, Cátia Raulino alegava que fazia pós-doutorado na instituição, fato que nunca foi provado.
“Ao ser indagada se não precisava de seleção, a denunciada [Cátia Raulino] lhe informou que apenas deveria esperar um e-mail de confirmação da UFPE. Contudo, alguns dias depois de ter entregue sua dissertação do mestrado à denunciada, Simone recebeu um e-mail do endereço ufpeppgd@gmail.com, solicitando o encaminhamento dos seus DIPLOMAS e outros documentos, tendo a vítima enviado a documentação e aguardado retorno, o que, evidentemente, nunca ocorreu. Depois, a vítima ligou para a UFPE, sendo informada que o e-mail verdadeiro da instituição era ‘ppgdufpe@gmail.com’, e que ninguém ali conhecia CÁTIA RAULINO, bem como que não existia o método de seleção mencionado por esta", relata a denúncia assinada pelo promotor Justiça Waldemir Leão.
A imprensa mostrou em agosto que a então professora Cátia Raulino não tinha nem mesmo graduação em direito. Com um currículo falso, ela chegou a ser diretora da faculdade de Direito UniRuy, em Salvador.
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