Empresa fornecedora não possui galpão de distribuição, não tem funcionários ou sede
Novas histórias do escândalo do gasto milionário do governo federal com a compra de leite condensado – nas redes já é chamado de “Leite Condensado Gate” – foram reveladas por Daniela Abade. Entre elas, a de que a empresa Saúde e Vida, que forneceu o leite condensado, vendeu apenas 2 caixas com 27 unidades ao exército.
A história por trás da empresa Saúde e Vida é repleta de pontos que não fecham. A dona da empresa, Azenate, é uma senhora simples que nem em Brasília vive; antes de pertencer a Azenate, o comércio era propriedade de Walmerson Ryller Candido de Araújo, 3º sargento do Exército.
Outro dado que Abade descobriu ao estudar a planilha de recebimento da empresa Saúde e Vida é que a empresa recebeu R$ 1.780.380,54 pelo fornecimento de leite condensado. Lembrando que a empresa não possui funcionários, não tem galpão de distribuição e não tem uma sede.
Segundo reportagem da revista Época, que esteve no local nos últimos dias, a empresa opera com salas vazias e interfone quebrado no subsolo de um prédio comercial no Cruzeiro, bairro de classe média de Brasília. A loja não apresenta identificação visível ou funcionários. Além disso, as salas comerciais estão sempre fechadas.
Segundo o (M)dados, foram R$ 15.641.777,49 gastos apenas em Leite Condensado no ano de 2020. Com base no Painel de Compras, do Ministério da Economia, o Metrópoles estimou gastos de mais de R$ 1,8 bilhão no carrinho de compras do governo, um aumento de 20%.
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