Caso foi revelado em reportagem do Fantástico; Exército indiciou sargento por ter cometido ato libidinoso, e o cabo vítima do assédio, por ter supostamente permitido, o que ele nega
Um cabo do Exército denuncia ter sido vítima de assédio sexual praticado por um sargento em um prédio da Força Armada. O caso foi revelado em reportagem do jornalista Maurício Ferraz, do Fantástico, exibida neste domingo (14). Mas, durante o inquérito conduzido para apurar a denúncia, o Exército resolveu denunciar não apenas o sargento, por praticar ato libidinoso, como o cabo, por supostamente ter permitido que elas acontecessem, ambos considerados crimes militares. A vítima nega que tenha correspondido às investidas.
O cabo, que não foi identificado, revelou que os assédios teriam acontecido em um prédio na Urca, no Rio, onde moram generais do Exército. O sargento Ricardo Godoi era responsável pela administração do prédio e o cabo fazia a segurança do local. Godoi teria chamado o cabo para verificar uma alteração em um dos apartamentos, que estava vazio. O sargento teria fechado a porta, de acordo com o relato do cabo, e passado a elogiar o porte físico de seu subordinado e a acariciar suas pernas. “Ele queria fazer sexo oral”, diz o cabo.
O rapaz então gravou a conversa com um celular que tinha no bolso. Nela, o sargento promete recompensas – e é instigado a oferecer mais.
Em outra ocasião, o sargento teria assediado o cabo mais diretamente, colocando a mão em sua cueca.
Em depoimento, o sargento negou que tivesse cometido os assédios. No entanto, em uma acareação, ele admitiu as investidas e ainda disse que, no primeiro episódio, ouviu do cabo que “nada era de graça”. No segundo, o sargento afirmou que o cabo permitiu contato físico. E admitiu que abriu o zíper da calça do cabo, e colocou a mão nas partes íntimas dele.
O sargento foi transferido para outro lugar não revelado pelo Exército. O cabo está afastado, por problemas psicológicos.
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