Reportagem do “Fantástico”, da TV Globo, revelou que o ex-titular da DRCPIM tentou deslocar-se como nova de 2020
O delegado Maurício Demétrio Afonso Alves, ex-titular da Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Propriedade Imaterial (DRCPIM), é acusado pelos promotores do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) de tentar armar duas operações falsas, uma delas contra o então candidato a prefeito do Rio de Janeiro Eduardo Paes (PSD) , com o objetivo de resultar no resultado das mudanças de 2020.
Na outra ação, colocadas as drogas colocadas em um carro usado pela Corregedoria da Polícia Civil que tinha aberto uma investigação contra ele. Uma reportagem exibida na edição do último domingo (26) do Fantástico, da TV Globo, revelou os desdobramentos das investigações a respeito da quadrilha chefiada pelo delegado, preso em junho. Alves também é acusado de criar dossiês com dados sigilosos.
De acordo com apuração do programa, às vésperas do segundo turno, em 23 de novembro de 2020, o ex-titular da DRCPIM, por intermédio do advogado Thalles Wildhagen Camargo, fez chegar ao conhecimento do delegado da Polícia Federal Victor Cesar Carvalho dos Santos a informação de que, no dia seguinte, um portador entregaria a Paes dinheiro de origem desconhecida.
Nas mensagens, Alves encaminhou a foto de um suposto envelope que seria entregue, com notas de R $ 50 e R $ 100. Os promotores do MP-RJ descobriram que o próprio delegado foi quem fez o registro, usando um de seus doze aparelhos celulares . Em depoimento, Santos diz que desistiu da operação ao saber quem era a fonte. Procurado pela reportagem, Paes preferiu não comentar.
A organização criminosa chefiada pelo delegado foi revelada a partir da operação Carta de Corso1, realizada em junho de 2021. Alves foi acusado de comandar um esquema que exigia propina de lojistas do município de Petrópolis, para permitir a venda de falsificadas. Na ocasião, foram apreendidos na casa do delegado R $ 240 mil em dinheiro, 13 celulares e três carros de luxo blindados.
Através do conteúdo encontrado nos celulares apreendidos, bem como nas buscas e apreensões, os promotores descobriram outras extorsão e chantagens que foram cometidas pelo grupo. Na nova fase, constataram que Demétrio, utilizando-se de policiais, inclusive Adriano da Rosa, preso esta semana, uso abusivo dos sistemas de consulta da Polícia Civil.
Também segundo a reportagem, entre as vítimas estão no ex-presidente do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) Luiz Zveiter e sua mulher, Gabriela Brito Zveiter, assim como Glauco Costa Santana, filho da promotora Gláucia Santana. Procurados, Zveiter e Gláucia não quiseram comentar o caso. Em nota, o advogado de Alves disse que o delegado nunca foi chamado pelo MP-RJ para esclarecer quaisquer fatos.
A defesa de Adriano não foi localizada. (Bnews.com.br)
0 Comentários