Bolsonaro se irritou com posicionamentos políticos de artistas como Pabllo Vittar, Marina e Emicida, que proferiram xingamentos a ele
Pabllo Vittar exibiu toalha de Lula no
LollapaloozaCréditos: Reprodução |
Após o pedido autoritário do presidente Jair Bolsonaro (PL), o ministro Raul Araújo, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), proibiu neste domingo (27) manifestações políticas durante os shows do festival Lollapalooza, que ocorre em São Paulo neste fim de semana.
Bolsonaro se irritou com posicionamentos políticos de artistas como Pabllo Vittar, Marina e Emicida, que proferiram xingamentos ao líder de extrema direita que governa o país e palavras de apoio ao ex-presidente Lula (PT).
Os advogados do PL, partido de Bolsonaro, pediram neste sábado (26) que o TSE "usasse seu poder de polícia com urgência e impedisse a continuação do evento” se os artistas continuassem se manifestando ideologicamente contra o político reacionário. Para isso, usaram como desculpa o direito eleitoral.
Na decisão, o ministro considerou a manifestação dos artistas como propaganda político-eleitoral. O magistrado proibiu “a realização ou manifestação de propaganda eleitoral ostensiva e extemporânea em favor de qualquer candidato ou partido político por parte dos músicos e grupos musicais que se apresentem no festival”.
Segundo o jornal O Globo, caso a medida seja descumprida, será aplicada multa de R$ 50 mil por cada ato praticado.
A tentativa aberta de impor censura a um evento cultural fez surgir uma forte onda de rejeição a Bolsonaro nas redes e internautas levantaram a hashtag #LULApalooza como contra-ataque à verve antidemocrática do chefe de Estado que levou os brasileiros de volta ao mapa da fome e arruinou com a economia e as condições de vida da população.
Por revistaforum.com.br
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