Ela é acusada de publicar em redes sociais ataques à campanha de vacinação e em defesa de tratamentos sem eficácia


Foto: Anderson Riedel/PR


O ministro Benjamin Zymler, do Tribunal de Contas da União (TCU), será o relator de ação protocolada pelo deputado federal Alexandre Padilha (PT-SP), que pediu abertura de processo para investigar publicações feitas em redes sociais pela ex-secretária de Gestão do Trabalho, do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro, com ataques à campanha de vacinação e em defesa de tratamentos sem eficácia comprovada contra a covid-19.

Conhecida como “Capitã Cloroquina”, ela se notabilizou como defensora do tratamento precoce durante a pandemia e foi alvo de pedido de indiciamento pela CPI da Covid por prevaricação e suposto crime contra a humanidade cometido durante o colapso do sistema de saúde pública em Manaus, em janeiro de 2021.

“A divulgação de notícias falsas sobre medicamentos por parte de autoridades públicas é um dos graves problemas que comprometem o tratamento e o enfrentamento da pandemia, ademais de custar vidas e a saúde de milhões de brasileiros e brasileiras”, diz Padilha na ação.

O congressista, que é médico e foi ministro da Saúde no segundo governo da ex-presidente Dilma Rousseff, comemorou o acolhimento da representação no órgão e afirmou que Mayra praticou atos racistas contra médicos cubanos em 2013. “Lembrando que foi ela que mandou médicos cubanos ‘de volta para a Senzala’, quando trouxemos médicos para o Programa Mais Médicos, durante minha gestão na Saúde”, afirmou nesta sexta-feira (6) ao portal UOL.

Defesa rechaça acusação de Padilha
Ao UOL, a defesa de Mayra Pinheiro afirmou desconhecer o conteúdo da decisão do TCU e que são inconsistentes as acusações do deputado Alexandre Padilha.