A prisão dos 25 extremistas de direita na Alemanha tem uma característica que em algum momento terá de ser notada também no Brasil, sob pena de prenderem aqui só a chinelagem do golpe.
Os 25 presos que tramavam uma invasão do parlamento são na maioria fascistas com posição de destaque nos grupos. Eram os líderes em 11 Estados.
Tem um milionário, tem militares de elite, empresários e até uma juíza e ex-deputada. Pertencem ao movimento Reichsbürger (Cidadãos do Reich).
O homem considerado líder (foto) é ex-aristocrata de 71 anos que se apresenta como príncipe Heinrich XIII. Ele é membro da Casa de Reuss, que governou parte daquilo que é hoje o estado da Turíngia durante séculos até à implantação da República de Weimar, em 1918.
São racistas, nazistas, antissemitas e xenófobos, o que quer dizer tudo a mesma coisa.
Aqui, pelas circunstâncias, o cerco aos golpistas ainda não chegou aos grandões. Entende-se que é preciso ir com calma.
Mas o ritmo terá de mudar quando o país e as instituições começarem a voltar à normalidade depois da posse de Lula.
Os fascistões alemães estão presos. Não estão apenas ‘censurados’, como dizem que estão os grandes golpistas brasileiros atingidos por medidas de contenção de Alexandre de Moraes.
Estão presos e não serão postos em liberdade com o truque da banalização do habeas corpus que libera todos os bandidos poderosos no Brasil. Mas só libera os poderosos que conseguem recorrer ao Supremo.
O Brasil também terá fazer o que os alemães fizeram e pegar os líderes. Se não pegar os grandões, incluindo empresários milionários, o trabalho terá ficado pela metade.
Esperamos para 2023 a prisão dos fascistões que ainda tramam o golpe. O Brasil quer fascistas de grife na cadeia.
Se o Brasil copiasse hoje o exemplo alemão, muitos líderes do blefe do golpe estariam presos, entre os quais alguns militares e sonegadores e o próprio Bolsonaro.
Por Moisés Mendes
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