Em onda de ataques homofóbicos da ultradireita na pré-campanha de 2022, filho de Jair Bolsonaro propagou vídeo editado com fake news para atacar a cantora, uma das primeiras a se engajar na campanha de Lula.

Eduardo Bolsonaro com Rodrigo Constantino e Daniela Mercury com Lula.Créditos: Instagram



Indicado por Jair Bolsonaro (PL) a ocupar a cadeira deixada por Marco Aurélio Mello no Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Kássio Nunes Marques intimou o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) a prestar esclarecimento dentro de um prazo de 15 dias na ação movida contra ele pela cantora baiana Daniela Mercury por divulgação de fake news.

A decisão foi publicada nesta quarta-feira (15) pelo ministro, relator do processo movida por Daniela Mercury, uma das primeiras artistas a se engajar na campanha de Lula em 2022.

A cantora, que virou alvo do chamado gabinete do ódio, entrou com a queixa-crime no Supremo em julho de 2022 quando Eduardo divulgou fake news contra ela em uma ofensiva homofóbica da ultradireita fascista nas redes.

O filho de Jair Bolsonaro propagou um vídeo editado que aparenta que Daniela Mercury disse que "Jesus Cristo ‘era gay, gay, muito gay, muito bicha, muito veado, sim!’” em um show em 2018 em Garanhuns, Pernambuco.

A verdade é que a cantora se refere ao amigo Renato Russo, do Legião Urbana, que morreu em 1996.

Após manifestação da Procuradoria-Geral da República, Daniela Mercury aceitou fazer uma tentativa de reconciliação, mas Nunes Marques quer que Eduardo responda às indagações feitas pela Justiça antes de marcar a audiência.


Por revistaforum.com.br