Alexandre de Moraes, do STF, homologou delação premiada de tenente-coronel, que deixou prisão
Mauro Cid foi convocado para depoir na CPMI do 8 de Janeiro - Bruno Spada/Câmara dos Deputados |
A delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), dividiu opiniões de autoridades. O acordo foi negociado pela Polícia Federal (PF) e homologado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), neste sábado (9), segundo informou o g1.
Horas depois de a notícia da homologação ser divulgada, o ministro da Justiça, Flávia Dino, parabenizou a PF em mensagem publicada nas redes sociais. “Minhas homenagens à equipe da Polícia Federal que atuou para o andamento da colaboração premiada do Sr. Mauro Cid. A Polícia Federal atuou com seriedade, profissionalismo e pleno atendimento à Constituição, às leis e à jurisprudência do STF”, escreveu, às 13h da tarde.
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Pouco antes, ao meio-dia, Augusto Aras, procurador-geral da República, publicou uma nota informando que "a PGR não aceita delações conduzidas pela Polícia Federal, como aquelas de Antonio Palocci e de Sérgio Cabral, por exemplo”, declarou, lembrando acordos firmados pela operação Lava Jato.
Aras foi nomeado por Jair Bolsonaro.
Após a homologação da delação, Cid ganhou liberdade provisória, mediante o uso de tornozeleira eletrônica, o afastamento de suas funções do Exército brasileiro e a limitação de deixar sua residência aos finais de semana e durante a noite. Ele deixou a prisão por volta das 14h45.
A delação de Mauro Cid é baseada no inquérito das milícias digitais. Tem potencial para atingir Bolsonaro e pessoas de seu entorno.
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O ex-ajudante de ordens estava preso desde maio, em uma investigação que o acusava de inserir dados falsos de vacinação contra a covid-19 em cartões de sua família e também do ex-presidente Bolsonaro.
A delação também pode avançar para o caso das joias recebidas por Bolsonaro e a tentativa de golpe de 8 de janeiro, dois pontos sobre os quais Cid também é investigado.
Brasil de Fato
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