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Da redação
A
política de Paulo Afonso mais parece um carrossel, apenas gira, gira, mas não
chega a lugar algum. Há três décadas que o filme se repete com o prólogo já nos
dando a exata medida do que acontecerá no final.
Para
as eleições deste ano, mais uma vez, nada mudou. Temos um pré-candidato que
representa a oligarquia reinante no município, contra candidatos que nasceram
de um esforço agregador de um arco excessivo de interesses corporativistas;
alguns, incapazes de atender as demandas geradas pelo município.
Calcados
em um discurso político-fisiológico, pré-candidatos, tanto da situação quanto
da oposição, tentam dar publicidade a um perfil que expõe um juízo pessoal que
contraria a verdade.
Em
recente entrevista, o prefeito em exercício, Marcondes Francisco, usando frases
feitas disse que ouviu as
principais demandas da população e cadastrou as solicitações... disse ainda: “escutamos os anseios da
comunidade e vamos realizar mais obras de grande importância.” Ora, Sr.
Prefeito, a
legitimidade de acreditar em bobagens não as torna verossímeis; melhor seria deixar as formas silogísticas de
lado e, como diria Odorico Paraguassu, partir logo para os finalmentes.
No
que diz respeito a Mário Galinho, foi só as pesquisas o apontarem à frente dos
seus opositores para o ex-vereador se autodefinir como uma verdade absoluta, a
ponto da credulidade da sua candidatura se expressar como evento indiscutível.
Diante
desta prerrogativa, de acordo com o comunicador Geraldo Alves, o pré-candidato
tucano já começa a lotear cargos, inclusive a presidência da Câmara. Ninguém com mínimo discernimento político será
capaz de afirmar que as eleições de outubro já estão definidas.
A
candidatura de Mário Galinho está longe de expressar convicções sinceras senão,
vejamos: em entrevista a uma rádio local, Galinho disse que o PT acabou com o
país e por isso votaria no duvidoso, referindo-se ao ex-presidente Bolsonaro;
apoiou a candidatura de ACM Neto para o governo do estado (obviamente que ele
tinha esse direito, mas sabidamente o eleitorado pauloafonsino vota maciçamente
no PT) e agora, comenta-se à boca miúda que o vereador Pedro Macário, que
sempre foi de encontro às pautas defendidas pelo peessedebista, formaria a
chapa tucana como seu vice. Como se não bastasse, é provável que Galinho agora
use uma licença ideológica para migrar para um partido da base do governo
petista. Mas é bom abrir o olho, pois há um limite a
partir do qual a concessão vira derrota e o acordo passa a causar mais estragos
do que benefícios.
Aos
incautos analistas políticos que dão como certa a vitória do pré-candidato
tucano, devo salientar que a última eleição foi decidida na reta final, quando
o poder da máquina pública se fez valer.
Marcondes
Francisco pode não ser um modelo de gestor público, mas sem dúvida é bastante
habilidoso na arte política. Desde que entrou na vida pública nunca perdeu uma
eleição.
Acho
que o falso protagonismo de Mário Galinho se deve mais à força que a mídia lhe
tem dado do que propriamente à simpatia do eleitorado.
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