Ao tomar para si a liderança
da bancada de oposição e, assim, inibir o crescimento de Marcone Daniel, os
vereadores que migraram da situação para oposição atenderam a uma demanda não
de interesse popular, mas apenas e tão somente de interesse pessoal do
pré-candidato tucano, Mário Galinho.
Do ponto de vista eleitoral,
essa atitude fisiologista não é fruto do acaso, uma vez que o ex-vereador Mário
Galinho é discípulo de ACM Neto e Adolfo Viana, ambos arraigados a uma política
rasteira cujos meios justificam os fins.
No centro deste complô
eleitoreiro está o vereador Jean Roubert, protagonista do Auto da bancada galista,
de onde saiu muito menor do que entrou. Os Autos são peças teatrais
curtas, com apenas um ato. Foi o que vimos ontem, 19, na retomada dos
trabalhos legislativos da Câmara de Vereadores.
Nenhum efeito negativo da
insensatez supera a tolice e ingenuidade de Jean Roubert, cujo apoio à pré-candidatura
de Mário Galinho o conduzirá a uma provável perda de mandato sem que ele
consiga prevenir suas óbvias consequências, pois seu irrefreável desejo de um
dia ser prefeito o faz desviar-se do outrora combativo discurso às estruturas
arcaicas e conservadoras de gestão política e o apontam com fortes sintomas de
uma patologia moral.
Ao usar seus subordinados para
destituir Marconi Daniel da liderança da bancada de oposição, Mário Galinho se
mostra Senhor de baraço e cutelo em uma política na qual ele se acha
dominante, mas na verdade agoniza em seus próprios medos.
0 Comentários